Classificação das ciências segundo Auguste Comte
Comte (1798 - 1857) considerado
pai da Sociologia, sofreu influências ideológicas de Condorcet (1743-1794) e do
hegelianismo. Inspirado pelo ambiente do século XVIII, fundou a chamada lei dos
três estados, comparando com o desenvolvimento do psiquismo humano com o
crescimento do Homem. Para ele, o psiquismo humano atravessa três estados, a
saber teológico, metafísico e positivo, fazendo-os corresponder as fases da
infânci
a, juventude e maturidade, respectivamente.
No estado positivo não se admite a justificação mas sim a científica. O científico está ligado ao empírico, ao prático, ao mensurável. A fase positiva é a da supremacia das proposições observáveis, sejam elas particulares ou universais.
O positivismo quer somente estabelecer os procedimentos metodológicos para a produção de proposições válidas de acordo com o seu próprio sistema. A transição de um estado ao outro depende da simplicidade ou complexidade do fenómeno em consideração. Quando for simples, mais rapidamente passará, por exemplo da fase teológica à metafísica.
A partir desta base de raciocínio, Comte classificou as ciências em sete categorias, das mais simples às complexas, nomeadamente: a matemática, a astronomia, a Física, a Química, a Biologia, a Sociologia e a Moral. Porém, esta última, pelo nível mais alto de complexidade teórica, levaria mais tempo a passar para a categoria positiva, pelo facto de não ser fácil a identificação de elementos a serem considerados num acto moral.