As cópulas lógicas são diferentes das gramaticais. Estas servem para a formação das orações complexas. O uso das cópulas gramaticais depende do sentido ou do modo como estão ligadas as orações simples. As cópulas lógicas servem para ligar ou relacionar não orações gramaticais, mas
sim juízos.
As cópulas lógicas caracterizam a dependência entre juízos antecedentes ou iniciais e juízos consequentes.
Como regra definem-se os seguintes tipos de cópulas lógicas (as cinco operações lógicas basilares) que determinam os chamados juízos compostos: conjunção, disjunção, implicação, equivalência e negação.
O cálculo lógico-proposicional com tabelas da verdade obedece à fórmula: C = 2n
Conjunção – é um juízo composto por dois juízos simples ligados entre si através da cópula lógica ( ^ ) que pode ser representado por um ponto, ponto e virgula, mas, reticências, e, não, assim, outrossim, etc. e que é verdadeiro quando e somente quando são verdadeiros todos os juízos simples de que se compõe.
Ex. Eu vou à livraria e compro um livro. p ^ q
Tabela da verdade
P | Q | P ^ q |
V | V | V |
V | F | F |
F | V | F |
F | F | F |
Disjunção – pode ser de dois tipos: fraca e forte.
Disjunção fraca – é um juízo composto que é verdadeiro quando e somente quando é verdadeiro pelo menos um dos juízos simples de que se compõe e designa-se pela cópula ( v ) – ou.
Ex. Este homem é um estudante ou membro da juventude. p v q
p v q
P | Q | P v q |
V | V | V |
V | F | V |
F | V | V |
F | F | F |
Disjunção forte – é um juízo composto que é verdadeiro quando e somente quando é verdadeiro um dos juízos simples e designa-se com a cópula ( v ou ů )
Ex. Este homem ou está vivo ou está morto. p v q ou p ů q
p v q
P | Q | P v q |
V | V | F |
V | F | V |
F | V | V |
F | F | F |
Implicação – é um juízo composto que é falso quando e somente quando o juízo antecedente é verdadeiro, mas o juízo consequente é falso. Designa-se pelo sinal ( → ) e lê-se “implica que...”; “ de... segue-se...”; “ ... é base de...”; etc.
Ex. Se amanha não chover, então iremos à praia. p → q
p → q
P | Q | P → q |
V | V | V |
V | F | F |
F | V | V |
F | F | V |
Equivalência – é um juízo composto que é verdadeiro quando e somente quando os juízos componentes ou são simultaneamente verdadeiros ou simultaneamente falsos. Designa-se com o sinal ( ↔ ) e lê-se “p existe se, e só se existe q”.
Ex. O Raul é educado assim como é civilizado. p ↔ q
p ↔ q
P | Q | P ↔ q |
V | V | V |
V | F | F |
F | V | F |
F | F | V |
Negação – é um juízo composto que é verdadeiro quando o juízo simples inicial é falso e é falso quando o juízo simples inicial é verdadeiro. Designa-se por ( p ) e lê-se não p.
Ex. O Sol brilha. p
O Sol não brilha. P’
P | _ P |
V | F |
F | V |
Lei da dupla negação ou negação da negação
A dupla negação de um juízo arbitrário é igual ou equivalente ao juízo inicial e designa-se =
p ≡ p
